Escolas de Cinema
Em 2008 foi criada a primeira escola de cinema, como um formato piloto, no Colégio de Aplicação da UFRJ, visando ampliar esse projeto para outras escolas públicas interessadas. Em 2011, nosso projeto foi um dos quatro contemplados pelo Edital da Economia da Cultura SEBRAE/FINEP/MC&T, que permitiu convidar a Alain Bergala como consultor para a formação de professores durante um ano em um curso de Aperfeiçoamento sobre Cinema na Escola, com uma abordagem teórico-metodológica que orientou a criação de 4 escolas de cinema em escolas da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Cerca de 30 escolas inscreveram duplas de professores para participar do curso intensivo durante o mês de janeiro de 2012 e em encontros quinzenais durante aquele ano. Desenvolvemos aprendizados de acordo com a consultoria de Alain Bergala. Os professores participantes do curso experimentaram todas as práticas previstas para serem desenvolvidas com as crianças. As escolas contempladas foram: CIEP 175 José Lins do Rego (São João de Meriti); Colégio Estadual José Martins da Costa (Nova Friburgo); Escola Municipal Vereador Antônio Ignácio Coelho (Paraíba do Sul); Escola Municipal Prefeito Djalma Maranhão (Vidigal, cidade do Rio de Janeiro). Ainda o Instituto Benjamin Constant (IBC) que recebe estudantes cegos e de baixa visão e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) criaram suas respectivas escolas de cinema com um aprendizado que realizamos conjuntamente. Bergala nos acompanhou no início da formação e voltou no meio do processo para avaliar o andamento do projeto para analisar as produções dos professores. Nessa oportunidade, visando compartilhar o privilégio de contar com a sua presença para aprender cinema, gravamos com ele um Abecedário (audiovisual) de cinema em 2012, que foi o primeiro de uma série que na atualidade constitui a coleção de Abecedários CINEAD, fundamentalmente sobre Cinema, Arte e Educação. Durante 2013, fizemos um acompanhamento presencial mensal de cada escola, que continuaram a trabalhar com autonomia depois. Em 2014, se incorpora o setor de Educação Infantil que hoje faz parte do CAp (Fundão).
Disponibilizamos alguns materiais produzidos por essas escolas, a saber:
- Colégio de Aplicação da UFRJ (Lagoa): Nelson Pereira dos Santos
- Escola Municipal Prefeito Djalma Maranhão (Vidigal, cidade do Rio de Janeiro)
- Escola Municipal Vereador Antônio Ignácio Coelho (Paraíba do Sul)
- Colégio Estadual José Martins da Costa (Nova Friburgo): CineZé
- CIEP 175 José Lins do Rego (São João de Meriti)
- Instituto Benjamin Constant (IBC)
- Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)
- Colégio de Aplicação – Escola de Educação Infantil (Fundão): Cinemento, cinema em movimento.
CONHEÇA AS ESCOLAS DE CINEMA DO CINEAD
Em 2008 surgiu o projeto Escola de Cinema do CAp UFRJ, que, rapidamente aprovada por um convênio assinado em fevereiro 2008 entre o MAM-Rio e a Faculdade de Educação da UFRJ formalizou uma parceria que já existia, mas que se abria para todos os professores e alunos da unidade. A escola de cinema do Colégio de Aplicação da UFRJ teve início em abril de 2008, contando com nada menos que Nelson Pereira dos Santos como padrinho inspirador. A escola foi criada com fins de pesquisa, mas também como um projeto piloto para que no futuro se pudessem criar novas escolas de cinema em escolas públicas. Dessa aproximação com o artista e padrinho, definimos nossas primeiras ações para a escola, com o grupo dos mais novos: assistiríamos a vários filmes do diretor, de preferência na Cinemateca do MAM, mergulhamos no acervo de documentação impressa e arriscamos revisitar algumas locações de Rio 40 graus (Nelson Pereira dos Santos, Rio de Janeiro, 1954/1955).
Fotos
Filmes
Fotos
Filmes
A Escola de Cinema da EM Prefeito Djalma Maranhão tem início no ano de 2012, mas toma impulso a partir da aposta em pesquisar a história da favela do Vidigal com o cinema em 2015, o que resultou no documentário escolar Paraíso Tropical Vidigal. A partir dele, toda uma história de encontros vem ocorrendo. Encontro na escola, em 2017, com antigos moradores ativistas que lutaram pela não remoção da favela para o subúrbio de Antares, em plena ditadura civil-militar, mais precisamente no ano de 1977. Encontro com arquivos fílmicos desta época da favela, guardados por mais de 40 anos em uma caixa de isopor e recuperados/restaurados pelo projeto de cinema, em parceria com a cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), no ano de 2018, sob a tutela de Hernani Heffner. Encontro dos jovens estudantes e dos antigos moradores/ativistas, em um evento proporcionado pelo projeto de cinema da escola, com a exibição deste material restaurado na própria cinemateca do MAM em 13 de agosto de 2018. E finalmente, em novembro de 2019, as filmagens do novo documentário, sob a supervisão da professora da ECO/UFRJ, e cineasta, Anita Leandro. Nas filmagens, são os arquivos fílmicos e sonoros que entrevistam os personagens que deles fazem parte. Toda essa história está contextualizada na Tese defendida no PPGE [Leia a Tese], sob a orientação da idealizadora do CINEAD, professora Adriana Fresquet. Desde 2017 estamos nos perguntamos: o que pode um projeto de cinema na escola da favela quando pesquisa a história desta favela?