O PROJETO Cinema para Aprender e Desaprender

Apresentação

O programa de extensão CINEAD – Cinema para Aprender e Desaprender prevê a diversificação de experiências de cinema fundamentalmente com professores e estudantes de educação básica, dentro e fora da escola, mas também com adultos nas ações de formação de professores (cursos, aulas de graduação e pós-graduação) e com os pacientes hospitalizados no IPPGE e no HU/UFRJ.

As experiências de cinema entendidas como potências para ver/registrar o mundo e altera-lo, materializam a aposta na produção de conhecimento como descoberta e invenção colaborativa e compartilhável. Todo o planejamento de aulas e atividades pressupõe uma iniciação não linear aos conceitos de linguagem e a própria história do cinema, partindo de ‘motivos visuais’ Balló e Bergala (2016).

No Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual – LECAV (FE/UFRJ) os encontros para planejar e avaliar as diferentes ações com cinema nos projetos permite aprofundar práticas alimentadas pelos seminários de pesquisa, cujas leituras e reflexões voltam para a prática no compartilhamento de materiais e dispositivos pedagógicos.

A participação de vários professores da Faculdade de Educação e do Colégio de Aplicação da UFRJ, mais alunos de pós-graduação e de graduação de diversas unidades na pesquisa, ensino e extensão concretizam a articulação entre essas três atividades. Sua mais recente atividade pretende produzir colaborativamente conhecimento e disponibiliza-lo nas redes, no formato de abecedários audiovisuais de cinema, educação e artes.

Metodologia

As ações são planejadas coletivamente no seio do LECAV, e sua execução sempre supõe a coparticipação dos atores das diferentes instituições parceiras, assim como a ação coordenada de professores, estudantes de pós-graduação e graduação em cada projeto.

Do mesmo modo, reuniões de avaliação dos processos e produtos se tornam a base dos ajustes do planejamento que se enriquece nas postas em comum, com os participantes de outros projetos do programa. Por exemplo, estamos trabalhando com os MOTIVOS VISUAIS do cinema, a partir do livro de ‘Motivos visuales del cine’ de Jordi Balló e Alain Bergala (eds.), partindo simplesmente de temas como a escada ou a lágrima e procurando conhecer e acompanhar a analise de filmes, e fragmentos de filmes onde esses motivos visuais aparecem. Paralelamente, procuramos também, nos filmes da PROGRAMADORA BRASIL os mesmos motivos visuais e esse material circula como uma espécie de caixa de ferramenta audiovisual para funcionar como dispositivo pedagógico disponível para que as ações extensionistas sempre partam da imagem para o conhecimento da história, da linguagem e, finalmente, para o ato criativo.

A coordenação se reune com os estudantes de graduação e pós-graduação para os planejamentos e avaliações gerais e parciais. Os filmes e a apresentação dos processos de criação com os estudantes se realizam no final do ciclo letivo, de preferência na CINEMATECA DO MAM-RIO.

No mês de janeiro, quando não há atividades nas escolas, essas avaliações e novos planejamentos gerais são realizadas internamente no LECAV, assim como também a produção de protótipos de dispositivos pedagógicos, recortes de fragmentos de filmes por motivos visuais, cursos intensivos de formação sobre questões específicas de análise de filmes, de uso de câmera, montagem, entre outros.

Objetivos

GERAL

Promover experiências de iniciação ao cinema como alteridade na escola e fora dela e como produção colaborativa de conhecimento sensível e compartilhável.

ESPECÍFICOS

  • Diversificar espaços/cenários para promover o encontro do cinema com crianças, jovens, adultos e idosos que ao ver cinema e fazer exercícios e ensaios audiovisuais possam aprender e desaprender sobre si mesmos e o mundo.
  • Produzir dispositivos pedagógicos que gerem condições de autonomia nos professores e estudantes interessados em aprender cinema e realizar experiências e de exibição e produção audiovisual nos seus respectivos espaços.
  • Gravar abecedários de cinema e educação (ao modo do Abecedário de Gilles Deleuze) para compartilhar conhecimentos específicos de maneira simples e acessíveis disponibilizados na rede para livre consulta dos interessados.
  • Manter as atividades de ensino, pesquisa e extensão articuladas pelas atividades e espaços comuns, as ações conjugadas dos participantes e seu compartilhamento permanente nas redes.